Investigações da SIG e NRI revelam falsa comunicação de crime após análise de testemunhas e câmeras de segurança.
Na manhã desta quarta-feira, 09, os agentes da Seção de Investigação Geral (SIG) e do Núcleo Regional de Inteligência (NRI) de Três Lagoas esclareceram um caso de falso roubo após diligências para apurar um crime que, na verdade, não aconteceu. O suposto crime havia sido relatado por um homem de 40 anos, que, no mês passado, comunicou à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) que fora vítima de um assalto nas proximidades da Lagoa Maior.
Segundo o registro, ele teria sido abordado por um indivíduo em uma motocicleta, que, armado com uma pistola, teria roubado seu telefone celular. Diante da seriedade da denúncia, que chegou à ser divulgada por um site de notícias local, as equipes da SIG e NRI iniciaram uma investigação imediata. Contudo, ao analisarem imagens de câmeras de segurança e ouvirem testemunhas, surgiram inconsistências nos relatos da suposta vítima.
A investigação revelou que o homem havia brigado com sua esposa, que teria quebrado o aparelho celular e jogado-o na rua. Confrontado pelos agentes, ele confessou que não houve roubo. O homem admitiu ter registrado o boletim de ocorrência para acionar o seguro, já que ainda estava pagando o aparelho e pretendia usar o documento para receber a indenização da seguradora. A falsa vítima foi encaminhada à sede da SIG e formalmente ouvida como suspeita de tentativa de estelionato e falsa comunicação de crime.
A Polícia Civil alertou que práticas como essa podem resultar em graves consequências legais. Se comprovada a falsidade do crime, o indivíduo pode ser processado por falsa comunicação de crime, com pena de até oito anos de reclusão, ou estelionato, cuja pena pode chegar a cinco anos.
A SIG de Três Lagoas reforçou o pedido de colaboração da população, incentivando denúncias anônimas sobre crimes ou foragidos da Justiça, que podem ser feitas pelos números (67) 3929-1173 ou (67) 99226-8210 (WhatsApp), com sigilo garantido.