Crime foi cometido no Assentamento Mutum e envolveu versão inicial falsa, onde autor e cúmplice são indiciados por homicídio qualificado.
João Antônio confessou ter assassinado José Onório da Silva, de 45 anos, por ciúmes da esposa. O crime, ocorrido em 4 de agosto no Assentamento Mutum, em Brasilândia, foi comunicado à polícia apenas no dia seguinte. João foi indiciado por homicídio qualificado e também responderá por denunciação caluniosa, após inicialmente mentir em seu depoimento.
Segundo o delegado Avelino Rafael Mantovani, João foi ouvido como testemunha no primeiro depoimento, alegando que um amigo, identificado como Laércio, havia matado José após uma discussão, com a ajuda de um rapaz de 24 anos. Ambos os suspeitos foram presos.
Em novo depoimento, Laércio admitiu ter esfaqueado a vítima, mas afirmou que João foi o responsável pelos golpes de madeira na cabeça de José, que causaram o afundamento do crânio. A versão foi confirmada pelo jovem de 24 anos e por outra testemunha.
Diante dessas evidências, João Antônio foi convocado para prestar novo depoimento. Acompanhado de seu advogado, ele confessou à polícia que havia participado do assassinato. João admitiu que mantinha um relacionamento com a ex-esposa de José e que, no dia do crime, agiu em conjunto com Laércio, que desferiu os golpes de faca, enquanto ele utilizou uma madeira para agredir a vítima. Ambos foram indiciados por homicídio qualificado, e João Antônio também enfrentará acusações de denunciação caluniosa por ter mentido inicialmente à polícia.
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