Joystick de uma grua, equipamento utilizado para a movimentação de cargas no Pátio de Madeira, foi ajustado conforme necessidades do colaborador; Processo de adaptação levou meses e contou com o empenho de uma equipe multidisciplinar da Unidade de Três Lagoas.
A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, em uma ação pioneira, realizou a adaptação de uma grua, maquinário utilizado para a movimentação de cargas do Pátio de Madeiras para um colaborador PcD, em Três Lagoas. Para atender às necessidades do colaborador, que possui paralisia do lado direito do corpo, o maquinário teve o Joystick (controle com haste, responsável pela movimentação da garra da grua) adaptado especialmente e exclusivamente para o uso do operador.
De acordo com Leonardo Giusti, diretor de Operações Florestais da Suzano, todo o processo de adaptação levou cerca de três meses e contou com o empenho de uma equipe multidisciplinar composta pelos times de Engenharia, Logística, Manutenção, Gente e Gestão, Segurança e Medicina do Trabalho. “Dêmos um importante passo na inclusão social em nossas operações e, é com muito orgulho, que podemos dizer que somos uma das primeiras unidades do país a ter uma grua adaptada. Na Suzano, temos um direcionador que diz que ‘Só é bom para nós, se for bom para o mundo’ e, ao priorizarmos competências a limitações, estamos contribuindo para o crescimento da nossa empresa e, principalmente, para a promoção da igualdade e equidade de oportunidades no mercado de trabalho”, destaca Giusti.
Essa força-tarefa para adaptação do maquinário foi criada em março deste ano, após a análise de currículos de um processo seletivo, foram identificadas em Edilson Ferreira Vilalba, competências e habilidades que vinham ao encontro dos valores da companhia e à função a ser desempenhada. O desafio estava em adaptar o equipamento e acessos de acordo com a necessidade do colaborador. O primeiro teste ocorreu em abril deste ano, quando o colaborador conseguiu movimentar a garra da máquina com sucesso.
Para Vilalba, operar a grua foi a realização de um sonho. “Eu só tenho a agradecer à Suzano, que me deu a oportunidade de realizar um sonho de operar uma máquina como esta. Agradecer a todos do time que acreditaram não na minha deficiência, mas na minha capacidade de desenvolvimento”, completa. A contratação de Vilalba para a função de operador de grua foi oficializada no início do mês de junho.
Diversidade e Inclusão
Somente neste ano, 33 vagas abertas na Unidade de Três Lagoas foram preenchidas por pessoas com deficiência para atuarem em diferentes setores, sendo 28 no setor florestal e outras 5 na indústria. “A inclusão social é um tema muito caro para a Suzano. A Suzano acredita que a diversidade nos ajuda a crescer. Por isso, estamos indo além. Incentivamos nossas equipes a avaliarem seus processos buscando a adaptação e inclusão de todas as pessoas. Dessa forma, no processo seletivo, serão avaliadas apenas as qualidades do profissional e não suas limitações. Assim, poderemos receber talentos que muitas vezes estão fora do mercado de trabalho e/ou em vagas abaixo de suas competências, e podemos dizer que o caso Edilson nos mostrou que estamos no caminho certo”, ressalta Mônica Catânia, gerente de Gente e Gestão da Suzano.