Violência, manipulação, falsas oportunidades de trabalho, golpes amorosos. Esses são alguns métodos usados por traficantes para atrair pessoas de todas as idades e nacionalidades que acabam submetidas a violações de direitos como exploração sexual, trabalho escravo, adoção ilegal e remoção de órgãos
A estimativa das Nações Unidas é de que haja cerca de 2,5 milhões de vítimas em todo o mundo. Para alertar sobre esse crime e incentivar ações de prevenção, a ONU estabeleceu a data de 30 de julho como o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas.
Dados recentes mostram que mais de 38% das vítimas são levadas para exploração sexual em ruas, bordéis, bares e rede hoteleira. Nesse caso, mulheres e meninas são as que mais sofrem com abusos e violência. Já as que são submetidas ao trabalho forçado em jornadas extenuantes com pouco ou nenhum retorno financeiro correspondem a 38% das pessoas traficadas, e 10% são levadas a cometer crimes como furtos e vendas de drogas. De acordo com a organização, o medo de represálias frequentemente impede as vítimas de buscarem ajuda.
Em 2024, a ONU escolheu como tema “Não deixe nenhuma criança para trás na luta contra o tráfico de pessoas.” Segundo o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas, um em cada três seres humanos traficados é uma criança. Na África subsaariana, no norte da África e na América Latina, o número é ainda maior. Mais da metade das vítimas são crianças. A ONU recomenda que os países empreendam esforços para reforçar a legislação, melhorar a aplicação da lei e alocar mais recursos para combater o tráfico de crianças.
Agência Brasil