Em 10 anos, a variação do salário foi de 0,1. O comércio por atacado foi responsável pelo maior salário médio mensal seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (2,4 s.m.) e o comércio varejista.
CORREIO DO ESTADO – Em pesquisa anual de comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (25), indica que não houve aumento significativo no salário médio brasileiro.
No ano de 2022, as empresas comerciais pagaram, em média, 1,9 salário mínimo (s.m.), com pequena variação em relação a 2013 (1,8 s.m.). O comércio por atacado foi responsável pelo maior salário médio mensal (2,9 s.m.), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (2,4 s.m.) e o comércio varejista (1,7 s.m.).
Em contrapartida, o valor pago em remunerações aumentou 105,6% entre 2013 e 2022. No MS, as empresas de comércio pagaram R$4,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O valor de 2022 representa um aumento em relação a 2013 que alcançou R$2,1 bilhões e de 10,7% em relação a 2021 (R$ 3,9 bilhões).
No que se diz respeito ao comércio varejista, o setor acumulou a maior participação (62,8%), seguido pelo comércio por atacado (24,6%) e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (12,5%).
Em âmbito nacional o valor pago em salários, retiradas e outras remunerações foi de R$ 317,9 bilhões. No comparativo entre as Unidades da Federação (UFs), Mato Grosso do Sul ocupa o 14º lugar do ranking, com participação de 1,4%. As três primeiras posições foram ocupadas pelas cidades de São Paulo (36%), Minas Gerais (9,0%) e Paraná (7,7%). Roraima ocupa o último lugar no ranking, com participação de 0,17%
Ainda no ano de 2022, o setor atacadista superou pela primeira vez a margem de comercialização do varejo em Mato Grosso do Sul. A margem de comercialização, que representa a diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias vendidas, atingiu um recorde de R$ 26,2 bilhões, marcando um aumento expressivo de 213,3% em comparação com 2013, quando somava R$ 8,3 bilhões.
Nesse cenário, o atacado foi responsável por 49,5% do total, o varejo por 41,4% e o comércio de veículos, peças e motocicletas por 9,1%. Por fim, o setor atacadista apresentou o maior crescimento, com um salto de 354,7% na margem de comercialização, passando de R$ 2,8 bilhões em 2013 para R$ 12,9 bilhões em 2022.