Unidade de Fertilizantes Nitrogenados em Três Lagoas promete ser a maior fábrica da América Latina; visita técnica avalia retomada das obras paralisadas há uma década
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ao lado do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, estiveram em Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (26), para realizar uma visita técnica à fábrica da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, a 326 km Campo Grande.
As obras da Petrobras iniciaram em 2011 e foram paralisadas em 2014, com 81% dos trabalhos concluídos. A fábrica promete ser a maior de fertilizantes nitrogenados da América Latina.
Assim, há uma grande expectativa para a conclusão das obras interrompidas uma década atrás para reduzir a dependência brasileira das importações do produto.
“O Brasil chegou a produzir 50% de fertilizantes que consome e hoje tem apenas entre 15% e 16%. O Governo Federal apoia este investimento da Petrobrás, que vai impactar positivamente as lavouras, agronegócio e colocar comida mais barata na mesa do povo brasileiro. Um sonho de Três Lagoas e uma necessidade ao desenvolvimento do Brasil”, apontou a ministra.
Um dos pontos destacados pelo Governo do Estado é o investimento na construção na malha ferroviária para o potencial competitivo da obra. “A ferrovia vai de Três Lagoas a Aparecida do Taboado, sobe ao norte e desce a Santos pela malha paulista. Um grande ganho potencial competitivo para a fábrica”, afirmou o governador Eduardo Riedel (PSDB).
O processo de licitação para a retomada das obras pode ser iniciado ainda este ano. A estimativa é que sejam gerados até oito mil empregos diretos e indiretos com as obras de finalização da planta.
Início das operações em 2028
Jean Paul destacou que está andamento uma avaliação técnica, econômica e ambiental do projeto. “Uma vez definida esta viabilidade econômica, nós então poderemos anunciar o retorno da obra, assim como edital de contratação”, completou.
A expectativa é que o processo licitatório para conclusão do projeto seja feito em dezembro deste ano, para que as operações na fábrica iniciem até o final de 2028.
Ela foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de m³ de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
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