Nesta quarta-feira (17), o Programa ‘Hora da Notícia’ apresentado por Fábio Campos, foi palco para debates a respeito da ‘Sala de Qualificação’, um projeto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que visa encaminhar e manter alunos no mercado de trabalho. Neste encontro, o apresentador pôde conversar com a Assistente Social, Eliana Paes Simões, e o Psicólogo, João Paulo Costa, que fazem parte da instituição e estão a frente do projeto.
SALA DE QUALIFICAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHO DA APAE
De acordo com o Psicólogo, são selecionados indivíduos que possuem pré-requisitos para ingressar no mercado de trabalho e após isto passam por um processo de treinamento. A seleção trabalha com base nos Protocolos Comportamentais, que buscam mapear algumas habilidades dos alunos, como socialização, linguagem, autocuidado e motoras.
A sala proporciona um ambiente para que esses indivíduos desenvolvam habilidades relevantes para o ambiente empresarial, como ética, organização, limpeza e higiene. Atualmente, o projeto conta com 12 alunos inseridos e 15 empresas parceiras.
O projeto busca realizar visitas domiciliares, que têm como objetivo oferecer apoio à família e identificar atitudes que podem se repetir na empresa que o aluno atuará, e visitas na empresa, para dar todo o suporte quando necessário, ao empregador.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTÍNUADA E AUXÍLIO INCLUSÃO
Muitos alunos com deficiência encontram-se presos em um dilema ao considerar a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho. Segundo informações da Assistente Social da APAE, Eliana Paes Simões, o principal obstáculo enfrentado por eles é o medo de perder o Benefício de Prestação Continuada (BPC), um auxílio financeiro no valor de um salário mínimo concedido a pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.
O BPC é um direito assegurado por lei, com o objetivo de garantir a inclusão e a dignidade desses indivíduos. No entanto, o receio de ter o benefício suspenso faz com que muitos alunos não se sintam confiantes em buscar uma colocação profissional.
Durante a entrevista, Eliana destaca que o benefício não é perdido definitivamente, mas sim cessado durante o período em que o beneficiário estiver empregado. A partir do momento em que o aluno PCD consegue uma oportunidade no mercado de trabalho, ele passa a receber o Auxílio Inclusão. Esse auxílio, de caráter temporário, visa facilitar a transição do beneficiário para a vida profissional, proporcionando um suporte financeiro durante esse período. Caso o aluno decida sair do emprego, ele volta a receber o BPC.