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Antônio Empek, responsável pelo CCZ fala sobre leishmaniose

Saúde – 24/01/2012 – 12:01

Antônio Luiz Empek, médico veterinário e diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), falou com exclusividade à Rádio Caçula na manhã dessa terça-feira.

O assunto do bate-papo foi a leishmaniose, doença que preocupa a população de Três Lagoas.

Ele conta que o trabalho de remoção dos animais, não para, e que entre o Natal e o Ano Novo, foram recolhidos 156 animais.

Os animais coletados a domicilio são sintomáticos, sendo que em 2011 foram recolhidos aproximadamente 4500 animais sintomáticos, sendo que em 85% dos casos, foi confirmada a doença.

Segundo Empek, todos os animais recolhidos apresentam sintomas ou já estão na fase final da doença.

Uma moradora ligou para perguntar sobre as coleiras, o responsável pelo Zoonoses disse que elas foram doadas em 2007 pela então Votorantim Celulose e Papel (VCP), hoje Fibria.

Outra moradora questionou o fato de o exame realizado pelo Zoonoses ser divergente de um exame realizado por um laboratório particular. Segundo Empek, tal fato ocorre, pois às vezes a pessoa ministra antibióticos no animal, o que atrapalha o real resultado. Ele disse que nenhum exame é 100% confiável, pois há uma margem de erro; existindo assim os falsos negativos, e falsos positivos.

Em Mato Grosso do Sul, apenas o Centro de Controle de Zoonoses possui credenciamento para realizar esses exames.

Empek também foi questionado sobre o fato de os colaboradores do CCZ não levar os animais até a viatura, função que acaba sendo exercida pelo proprietário do animal. Empek explica que essa conduta é para evitar transtornos com o animal, pois ele já está acostumado com o dono.

Antônio Luiz Empek esclarece que quando um animal ataca alguém, é preciso chamar o CCZ para ser feito o teste de raiva no animal.

Um morador que também ligou para fazer sua pergunta, indagou Empek a respeito dos animais que vivem soltos nas ruas, que podem ocasionar acidentes, principalmente com motocicletas. O diretor do CCZ explica que a partir de Maio, esses animais serão recolhidos pela prefeitura; cabendo ao dono cuidar de seu animal para que ele não fuja para a rua.

Outra ouvinte que também ligou, falou a respeito de um terreno baldio ao lado de sua residência, onde há aproximadamente 80 gatos no local. Empek diz que já está provado cientificamente que gatos também contraem Leishmaniose.

Cabe a população manter os terrenos e quintais limpos, pois com a limpeza deles, evita-se a dengue e a leishmaniose; e esse tem que ser um trabalho conjunto, pois se o vizinho não colaborar, os resultados pretendidos não serão alcançados.

Quando questionado sobre a adoção de animais no CCZ, Empek disse que isso não é permitido, pois o animal pode ser aprovado nos exames clínicos, porém apresentar alguma doença, o que ocorre com o falso negativo. Ele conta que em um passado não muito distante, um animal com leishmaniose, adotado em Três Lagoas, teve como destino Campinas, uma cidade no interior de São Paulo, que há alguns anos não apresentava casos da doença; portanto após esse episódio, a adoção de animais no CCZ é proibida em todo o estado de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Matheus Guedes / Matheus Guedes

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