A necessidade de eliminar os focos de reprodução do mosquito nas residências é urgente e requer atenção diária.
Com mais de 80% dos focos de proliferação do Aedes Aegypti encontrados dentro das residências, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Mato Grosso do Sul emite um alerta sobre o aumento dos casos de doenças transmitidas por esse vetor.
Até o momento, o Estado registra mais de 2 mil casos notificados de dengue, com mais de 300 confirmações, e 652 casos prováveis de chikungunya, dos quais 27 foram confirmados. Esses números são provenientes do boletim epidemiológico da quinta semana deste ano, com dados atualizados até 3 de fevereiro.
“É crucial informar à população que mais de 80% dos focos positivos estão dentro das residências. Caixas d’água, calhas, recipientes, resíduos domésticos – insto os moradores a não deixarem nenhum local acumular água. É de suma importância que os residentes compreendam a urgência e mantenham suas residências livres de mosquitos. Eliminar toda água parada é essencial; dessa forma, estaremos eliminando o mosquito e prevenindo doenças”, explicou Mauro Lúcio Rosário, coordenador estadual de controle de vetores da SES.
Para intensificar as ações de combate, controle, prevenção e redução das doenças transmitidas pelo ‘Aedes aegypti’, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil realizou uma reunião ontem (07) com representantes dos órgãos estaduais e instituições parceiras. O objetivo foi alertar sobre o estado de alerta em saúde pública e a necessidade de visitas domiciliares para garantir a eliminação dos criadouros. Enquanto os estados vizinhos de Mato Grosso do Sul, como Goiás, Minas Gerais, Acre e Distrito Federal, declararam situação de emergência, a SES concentra-se em instigar a população a eliminar os possíveis criadouros do mosquito.
“Estamos monitorando a situação em todo o Brasil, onde alguns estados vizinhos estão em estado de emergência. Por isso, é crucial o alerta para que as pessoas eliminem água parada em suas residências. A limpeza meticulosa das casas e dos terrenos é essencial para tentarmos evitar problemas mais graves”, explicou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.
A necessidade de eliminar os focos de reprodução do mosquito nas residências é urgente e requer atenção diária, pois o ciclo reprodutivo do mosquito – responsável pela transmissão não apenas de dengue e chikungunya, mas também de zika e outras doenças – é rápido, durando cerca de oito dias.
“Temos seis municípios com alta incidência, o que significa um grande número de mosquitos e pessoas doentes. Tememos até mesmo o pior desfecho, que é o óbito. É fundamental que neste momento as pessoas compreendam que a SES está empenhada em todos os esforços conjuntos, realizando mutirões de limpeza, aplicação de bloqueadores químicos e educação ambiental. Estamos também organizando uma força-tarefa em conjunto com um comitê composto por militares, defesa civil, empresas e secretarias de Estado. É importante enfatizar que, sem a participação da população, não conseguiremos vencer essa batalha”, afirmou Rosário.
Para orientar os 79 municípios do Estado sobre as diversas doenças, incluindo dengue e chikungunya, a SES mantém um Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, sob a Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública. “Temos técnicos disponíveis 24 horas por dia para fornecer todo o suporte necessário. Eles oferecem orientações, explicam como realizar a coleta de exames, notificar agravos à saúde, e, se necessário, encaminham para a área técnica relacionada aos vetores, além de orientar o manejo clínico do paciente”, explicou Larissa Castilho de Arruda, superintendente de Vigilância em Saúde da SES.