Na última semana, o bairro Nova Campo Grande, na capital de Mato Grosso do Sul, testemunhou um acidente trágico envolvendo uma motociclista, ressaltando a necessidade de considerar a instalação da antena corta pipas, um dispositivo não obrigatório, mas altamente recomendado.
Andrea Moringo, diretora de Educação para o Trânsito do Detran-MS, destaca a relevância do uso da antena, mesmo diante da ausência de obrigatoriedade legal. O incidente em questão ressalta os perigos decorrentes da prática de soltar pipas com cerol, crime que, apesar de difícil de ser fiscalizado, demanda uma atenção redobrada dos motociclistas.
Uriá Soares, diretor de Marketing da Caiobá, revela que em Campo Grande é comum os vendedores de motocicletas oferecerem a antena cortadora de pipa no momento da entrega, especialmente se o local de residência do cliente for propenso a essa prática.
Embora o preço do acessório varie entre 30 e 80 reais, alguns motociclistas hesitam devido à preocupação estética da moto. No entanto, Soares observa uma mudança na mentalidade dos condutores, que estão cada vez mais investindo em equipamentos de segurança, como capacetes avançados e outros acessórios.
Cabe destacar que o uso de cerol em pipas é classificado como crime pela Lei Estadual 3.436, de 2007, resultando em multa considerável. O Corpo de Bombeiros registrou dois acidentes no último ano em Campo Grande relacionados a essa prática perigosa.
Andrea Moringo enfatiza a dificuldade de fiscalizar tais crimes e apela aos pais para supervisionarem as atividades de seus filhos, reconhecendo os riscos sérios associados a essa brincadeira.
Além disso, é importante ressaltar que o uso da antena corta pipas é obrigatório apenas em motos utilizadas para atividades remuneradas, conforme estabelecido pelo artigo 139-A do Código de Trânsito Brasileiro e pela Resolução 943/2022 do Contran, que define requisitos mínimos de segurança para transporte remunerado de passageiros e cargas.