A Justiça, com auxílio da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, fechou uma falsa clínica de reabilitação terapêutica para dependentes químicos e transtornos psiquiátricos após diversas denúncias de familiares de pacientes internados no local. O dono do estabelecimento, que alugava o espaço para a clinica, nega os fatos.
Segundo a defensora pública Eni Maria Cezerino Diniz, os familiares que contratavam o trabalho acreditavam estar investindo em um tratamento médico que nunca aconteceu.
Após a denúncia, a defensoria fez uma vistoria no local, onde foram encontrados comidas sendo manuseadas sem higiene, concertinas para impedir a fuga de abrigados, medicamentos sem origem, idosos com problemas de alcoolismo sem tratamento adequado e situações consideradas desumanas.
Uma das denúncias feita pela mãe de um antigo interno, que preferiu não se identificar, conta que encontrou o filho completamente dopado e sem a alimentação adequada.
Ainda conforme a defensoria, as famílias dos pacientes também foram vítimas por comprar uma ideia falsa sobre as abordagens da clinica. Uma liminar proíbe o local de funcionar e exige que toda a publicidade feita pelo local seja removida.
O caso segue em investigação e, conforme João Paulo, que se identificou como dono do estabelecimento, o espaço era alugado e os pacientes não viviam em situações desumanas. Ainda conforme o homem, o espaço tinha documentos necessários para funcionar, não era uma falsa clinica e sobre os idosos hipermedicados seria um “exagero”.
(*) G1 MS