Mulher confessou o crime, onde assumiu que deu veneno de rato para vítima, e esquartejando o corpo por não saber como ocultaria o cadáver.
Uma idosa de 61 anos, identificada como Aparecida Graciano de Souza foi presa nesta sexta (26) por matar e esquartejar seu marido, Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos. O tronco da vítima foi localizado dentro de uma mala no dia anterior na BR 158, área rural de Selvíria (MS). A suspeita assumiu o crime e confessou ter guardado as outras partes do corpo no congelador.
MALA FOI ENCONTRADA ÀS MARGENS DE RODOVIA
O cadáver foi encontrado por volta das 23h de quinta (25) na BR 158, onde uma pessoa teria avistado uma mala preta que estava coberta por moscas. Ao ver do que se tratava, a testemunha visualizou a parte de um corpo humano, deslocando-se até Três Lagoas para relatar o fato, onde procurou a Polícia Civil.
A SIG (Setor de Investigações Gerais), além da Polícia Científica e a Polícia Civil de Selvíria foram até o local e confirmaram a denúncia, localizando o tronco de uma pessoa de cútis branca, não sendo localizado nas imediações as outras partes do corpo.
Durante as investigações, os agentes receberam informações de que o idoso estava desaparecido desde do último dia 20 de maio, e segundo vizinhos, tinha constantes brigas com a esposa, indo falar com a mulher, que negou qualquer envolvimento primeiramente, mas depois de se contradizer, confessou o crime.
IDOSA MATOU MARIDO COM VENENO DE RATO
Ao confessar o crime, a autora relatou que matou o homem com veneno de rato, conhecido como “Mão Branca” e depois, sem saber como descartaria o cadáver, decidiu por esquartejá-lo e colocar o tronco dentro de uma mala e as outras partes em seu congelador, onde guardava alimentos.
Posteriormente, a autora retornou a sua residência, localizada no distrito da Véstia, e esperou até quarta (24) para dar o veneno ao marido, que foi vítima de Acidente Vascular Cerebral, dizendo ser remédios. Sem saber que estava sendo envenenado, Antônio tomou o veneno e após agonizar por alguns períodos, morreu.
No fim do dia, Aparecida foi até o quarto e após se certificar de que ele foi a óbito, passou a pensar em como descartar o corpo, escolhendo esquartejá-lo e lhe separar em sacos.
Com isso, ela teria pego uma mala, enrolado o tronco em panos de cama, revestindo em sacos plásticos e pedindo ajuda para outros dois vizinhos, para sumir com a mala, onde disse que tinha restos de panos velhos e que teria morrido morcegos e outros bichos no interior do objeto, para poder justificar o mau cheiro.
Dois homens terem ajudado a autora a colocar a mala com o corpo no banco de trás de um carro, onde teria vindo até a região de Três Lagoas, descartando em uma estrada rural, as margens da BR 158. Após retornar para o distrito onde mora, Aparecida teria pago R$ 30 aos dois homens. Já na noite de quinta (25), voltou até a BR 158, já no KM 208 onde desovou os braços, pernas e cabeça de Antônio.
Já na noite do dia 25, descartou a mala e no dia seguinte, os restos do cadáver, que estava congelado dentro de sacos pretos às margens da rodovia. Ela teria utilizado uma faca de cozinha para esquartejar a vítima, sobre a cama, e depois colocado os braços, pernas e cabeça, em sacos pretos e guardado dentro de um freezer, onde guardava comida.
Agora, a Polícia Civil vai investigar se a dupla que ajudou a autora em desovar parte do corpo realmente não sabiam do que tinha dentro da mala. Já Aparecida irá responder por homicídio qualificado, com premeditação e emprego de veneno, impossibilitando a defesa da vítima e também ocultação de cadáver.
VÍTIMA JÁ TINHA RESPONDIDO POR ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Antônio era viúvo de seu primeiro casamento, e estaria com Aparecida há 18 meses. Natural de Auriflama (SP), já tinha respondido na Justiça por estupro de vulnerável no ano de 2018.
Na época, uma enteada de Antônio, filha da esposa falecida dele, procurou a Polícia Civil de Selvíria (MS) depois de um almoço de família com seu ex-padrasto e perceber que sua filha se incomodava com a presença do “avô de coração” onde ela teria perguntado pra sua filha o motivo de não querer ficar perto de seu avô.
Para sua mãe, a menor relatou que anos atrás quando morava com sua falecida avó, o idoso teria mostrado seu órgão genital e tocado em sua vagina, e em seguida obrigado a menina a lhe tocar. Depois de ouvir os relatos da filha, a mulher procurou a delegacia e denunciou o idoso, que negou o crime e respondia em liberdade.