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Câmara cria CPI e Jorge Martinho se defende na Tribuna

Política – 08/08/2012 – 20:08

A Câmara Municipal instaurou durante a sessão ordinária, desta última terça-feira (7) uma CPI (Comissão Processante de Investigação) que foi criada por 8 votos a favor contra 2, para investigar a utilização indevida de diárias da Câmara pelo vereador Jorge Augusto Martinho, quando exercia função no SAMU.

O objeto da CPI versa sobre a assinatura diária do vereador no ponto de presença do SAMU em conflito com os dias que recebeu diárias da Câmara Municipal, acumulando simultaneamente, o recebimento em espécie de quem recebe para viajar com o trabalho na cidade recebendo dessa forma pelas duas funções (Prefeitura Municipal e Câmara Municipal).

Ao usar a palavra, Martinho tentou demonstrar que havia compatibilidade de horários entre a sua função de sanitarista no SAMU com o horário das sessões da Câmara. No início da sua fala atacou o trabalho da Promotoria deixando a entender que ela atendia interesse de pessoas, as quais classificou como “vermes” sem citar nomes. ” Abro um parênteses aqui, só para comentar sobre aqueles que fazem denúncias anônimas, eu não faço isso, quando eu faço uma denúncia, eu assino embaixo, porque anônimo para mim, é verme, que às vezes está escondido no esgoto, é feio e fede muito. Esse é o anônimo, eu prefiro assinatura em tudo aquilo que faço. Em março de forma anônima levaram isso ao promotor que abriu um processo preparatório, e após denúncia começou ouvir as pessoas interessadas, pedindo documentos, para conferir a denuncia, e isso está acontecendo até agora. Me parece e é isso que entendi, no ofício que o promotor encaminhou para todos nós, se não foi isso que vocês entenderam, mas foi isso que eu entendi, é isso que está estampado hoje nos jornais, ele diz que não tem conclusão nenhuma, que falta ouvir uma porção de coisas, inclusive o acusado, não me ouviu, não ouviu secretária, e que ele está fazendo as diligências e que se a câmara tem pressa, parece quem tem alguém da câmara que estava apressando ele. Eu lhe perguntei se ele não ia fazer nada, o senhor não vai tomar providências, ele mandou um ofício dizendo que está fazendo no tempo do ministério público”, disse.

Outro ponto polêmico da sua fala foi quando disse ter feito uma gravação da reunião na sala da Presidencia, na parte da tarde de terça-feira (07), dizendo o que cada um teria dito, destacando que o vereador Jorginho não assinou o seu requerimento sobre o “caso marmitex” e que ainda teria citado a existência do “Marquinhos Cachoeira”, fazendo alusão à figura do “Carlinhos Cachoeira” que atualmente está sob investigação.

Destaca ainda que o vereador Tonhão pediu para que as pessoas falassem apenas 5 minutos, para que ele pudesse sair para pedir votos, e que o Vereador Nuna dissera que na próxima semana iria renunciar a sua candidatura a vereador. Afirmou ainda que sabe de vereadores que receberam mais R$ 32 mil em diárias.

Jorge Martinho atacou o vereador Tonhão, afirmando o que são as pessoas entre quatro paredes. “Lá são uma coisa e na câmara gritam e esbravejam, essa é a verdade, a sua cara está lá, e eu vou mostrar” esbravejou. Sem trazer maiores detalhes na sua defesa quanto ao número de diárias e ter sido classificado como “o rei das diárias” disse: “Graças a Deus”, porque eu representei essa cidade e o estado de Mato Grosso do Sul, uma vez por mês em Brasília, como o melhor secretário do MS”, e ao encerrar o seu discurso deu eloquência ao fato de querer ser investigado para ter a oportunidade de provar a sua inocência, dizendo algumas vezes frases como “eu quero ser investigado”.

Diise ainda: “Porque que falaram que o Jorge Martinho trabalha no SAMU? Outro dia me perguntaram mais você é dentista, no Samu tem dentista. Eu sou concursado como sanitarista, não sou concursado como dentista e o sanitarista pode ser médico e sanitarista, dentista e sanitarista, professor e sanitarista, e o cargo de sanitarista pode atuar em todas as áreas, e como eu não poderia ter o mesmo horário entre câmara e trabalho, vocês se lembram que as sessões da câmara eram de manhã eu fui lotado pela secretaria, para prestar serviço em um órgão que funcionava as 24 horas e que me pudesse ter as minhas folhas assinadas no horário das 17 às 23horas, que era no SAMU ou senão no pronto atendimento.”

Outro ponto forte do seu discurso foi ao encerrar quando disse: “Senhor presidente Para finalizar entre os pedidos que fiz, e não tive resposta, tenho o do senhor também, ofício que eu pedi a conta da casa de leis, o que está custando na obra que está sendo construída ao lado da câmara e toda a relação dos funcionários que o senhor contratou e até hoje o senhor não me mandou. Que o senhor tenha dignidade, não para mim, mas com as pessoas porque você é empregado e faça para mim a abertura das contas totais desta câmara de leis.”

Jorge Martinho não esclareceu porque no plano de carreria do SAMU não existe a figura do sanitarista, cargo que ele afirmou exercer nesse período.

Fonte: Da redação / Divulgação

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