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Veja dez itens para levar em conta ao escolher a escola dos filhos

Educação – 17/01/2012 – 15:01

1 – LOCALIZAÇÃO

Quem mora em grandes cidades deve levar o tempo gasto de casa para o colégio em consideração. “Estudar em um local onde os pais levam menos de meia hora para chegar é uma questão de qualidade de vida e de segurança também”, diz a psicopedagoga Eliana de Barros Santos, diretora do Colégio Global, em São Paulo. Longos percursos cansam ainda mais quando o trânsito é instável. “Além disso, crianças detestam esperar pelos pais depois que todos os seus amiguinhos já foram”, afirma a psicopedagoga Maria Irene Maluf. Outra vantagem é relacionada ao aprendizado social. “A proximidade e a facilidade de acesso dos alunos para organizar possíveis encontros é muito importante. Pense que festinhas, reuniões e programas entre os alunos ocorrem nas redondezas da escola”, explica a diretora.

2 – SEGURANÇA

É essencial checar a segurança da escola (interna e externa). Se há câmeras; a entrada e a saída dos alunos; a localização de extintores e sinalizações para casos de incêndio; a disposição de brinquedos; qual o procedimento que a instituição adota em casos de acidentes com alunos; como é a administração de medicamentos; se a escola fica em área de grande fluxo de veículos, como fazem para atravessar a rua, entre outros. Informe-se, também, se há hospitais próximos à instituição.

3 – MÉTODO

O conteúdo ensinado pela escola é supervisionado por órgãos públicos. O que os pais devem observar (e avaliar) é a forma como a instituição ensina. “Algumas preferem ter professor e alunos na sala de aula; outras, porém, utilizam espaços diferentes para desenvolver as aulas”, exemplifica a psicopedagoga Eliana de Barros Santos. O ideal é conversar com professores e direção para conhecer valores educativos, método pedagógico, questões disciplinares e até religiosas. “Em casos de dificuldade de aprendizagem, como ajudam o estudante? E sobre bullying, como a escola enfrenta o problema?”, diz Maria Rocha, diretora pedagógica do Colégio Ápice Educação Infantil, em São Paulo. Uma conversa franca sobre todos os pontos ajuda você a ter mais clareza para escolher. “É interessante fazer anotações para discutir em casa e ponderar qual a escola atende às necessidades da criança e da família”, afirma Maria Irene Maluf.

4 – GERENCIAMENTO

O valor da mensalidade precisa estar de acordo com as possibilidades financeiras da família. “Comprometer a renda além do possível não ajuda, inclusive se pensarmos no aspecto social, quando a criança ficar deslocada por não poder acompanhar os programas dos colegas”, avalia Ana Cristina Pomarico, diretora do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo. Vale a pena, ainda, conhecer a estrutura da instituição, se há pagamento de atividades complementares, aquisição de material, compra de presentes para datas comemorativas, passeios e viagens. São gastos extras que precisam ser especificados para que a família não seja surpreendida com o aumento da despesa.

5 – OPINIÕES

Nada melhor do que conversar com outros pais, amigos e vizinhos que têm os filhos matriculados na escola em avaliação. “Descubra como são tratados os atrasos na entrada dos estudantes e como a escola se comporta diante de assuntos polêmicos”, exemplifica a psicopedagoga e psicóloga infantil Deborah Ramos. Trocar ideias com quem já conhece a rotina da escola, além do informado por professores e diretores, é excelente para saber detalhes sobre o funcionamento da instituição, o comportamento dos funcionários em relação às crianças e ao receber os pais etc.

6 – ESPAÇO FÍSICO

Ao visitar o colégio, avalie o tamanho das salas de aula, o pátio, o local de refeições, os banheiros entre outros ambientes. “O espaço físico é condizente com a proposta pedagógica? Há contato com o mundo natural, como animais ou plantas? Há incentivo para pesquisa e leitura, em espaços adequados, como sala de computadores e biblioteca? Qual é a frequência do uso de recursos tecnológicos e com quais objeticos? Estes são alguns dos questionamentos que a família deve fazer”, conta Maria Rocha. Não hesite em esclarecer dúvidas. “Não se deixe influenciar pela aparência. Um grande e bonito laboratório pode ter uso restrito a ponto de não ser um diferencial no aprendizado”, diz Eliana de Barros Santos.

7 – INCLUSÃO

Ainda que você não tenha filhos portadores de alguma deficiência, é importante que a família questione e reflita sobre a possibilidade de convivência com alunos que têm rotinas diferentes, o que pode ser muito positivo para todos. Avalie como a escola lida com esse assunto. É importante informar-se sobre isso, pois, no futuro, os filhos verão o mundo sob a ótica da instituição onde estudaram. “Os pais devem incentivar a solidariedade, o respeito, a ética, entre outros conceitos que formam o ser humano de caráter honroso”, afirma Deborah Ramos.

8 – ATIVIDADES

Vale a pena avaliar cursos que são oferecidos pela escola para complementar a formação do aluno –como a prática de esportes, informática ou idiomas, por exemplo. É uma questão de escolha: para algumas famílias, pode ser conveniente que a criança ou adolescente permaneça mais tempo no colégio, com supervisão confiável. Outras, porém, preferem que os filhos tenham atividades fora do ambiente escolar, para conviver, também, com outras pessoas e ambientes novos.

9 – AVALIAÇÕES

A forma de corrigir, dar notas e avaliar o desenvolvimento do estudante varia de acordo com a instituição de ensino. Os métodos devem ser esclarecidos de forma detalhada para os pais, antes mesmo de fechar a matrícula. “Pergunte com que frequência a família tem acesso a essa informação e, principalmente, como a escola lida com alunos com baixo rendimento. Saiba se há profissionais que orientem e de que maneira os responsáveis serão notificados”, conta Eliana de Barros Santos.

10 – DISCIPLINA

Enquanto algumas escolas são mais democráticas e liberais, outras são mais rígidas. Cabe à família decidir com qual filosofia concorda, para não haver discrepância em casa e na escola. “Se em casa, por exemplo, a religião é um assunto que não tem peso, o melhor é evitar um colégio de formação religiosa. Se forem liberais, não escolham uma instituição tradicional. É preciso haver sintonia na mensagem”, diz Ana Cristina Pomarico. Também não espere que seu filho, educado em padrões flexíveis, seja disciplinado pelos professores. “O que se aprende em casa se sobrepõe ao ensinado na escola, portanto, o comportamento aprendido no lar determinará como a criança agirá fora dele. Alunos desabituados a cumprir regras têm dificuldade em se adaptar e aceitar outro sistema”, explica Eliana de Barros Santos.

Fonte: UOL

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