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Rádio Caçula conta tudo sobre a greve do Cartório Eleitoral

Política – 04/07/2012 – 18:07

Nesta quarta-feira (04), jornalistas da Rádio Caçula foram recebidos por funcionários do Cartório Eleitoral de Três Lagoas (MS), para falar sobre a greve que paralisou 70% de seus trabalhos, numa época delicada de registro de candidatos para as eleições.

Faixas com os dizeres: “Sem negociação, não tem eleição! Judiciário Federal, 6 anos de congelamento salarial.”, “Supremo Tribunal Federal, é preciso dar um basta aos abusos da Dilma, que congela salários, corta orçamento e desrespeita a constituição!”, decoravam o portão de entrada do prédio do Cartório Eleitoral.

Conversamos com a técnica judiciária Cintia Eri Tadano (33) que contou o propósito do manifesto.

“Nós estamos reivindicando a revisão salarial e também a rejeição do Projeto de Lei 549 de 2009, que congela o salário de todos os servidores públicos por 10 anos”, diz Cintia.

A greve teve inicio na última segunda-feira (02) e de acordo com informações seguirá até a próxima sexta-feira (06).

Cintia Eri esclarece que a decisão de iniciar este movimento de paralisação partiu de um consenso entre os sindicatos responsáveis pelo órgão em todo Brasil;

“O movimento é nacional, os Sindicatos de todo Brasil se reuniram, e Mato Grosso do Sul também decidiu pela deflagração desta greve, no período de registro eleitoral, que vai de 02 à 06 de julho”, revela.

MAS O CARTÓRIO AINDA FUNCIONA

Apesar da greve, como é dito na introdução da matéria, apenas 70% de seus serviços foram paralisados.

“Estamos procurando manter o mínimo de funcionamento legal, que é o de 30% dos serviços, mas de qualquer forma, isso acaba gerando um transtorno para os candidatos, nessa época de eleição, porque o cartório esta sendo muito procurado para fazer registro de candidaturas, e para esclarecer duvidas. 30% é pouco e todos ficam prejudicados”, finaliza Cintia.

ENTENDA

Este movimento de paralisação é nacional e reivindica a aprovação do PL 6613/2009 que garante a reestruturação da carreira dos servidores do Poder Judiciário Federal e a reposição das perdas inflacionárias.

O Plano de Cargos e Salários traz a recomposição da inflação de 2006 até agora, já que os servidores do Poder Judiciário Federal estão há seis anos sem reposição de inflação e sem qualquer tipo de aumento. Ele dá mais ou menos uma média de 32% de reposição de inflação.

A remuneração dos servidores do Judiciário Federal já acumula perdas inflacionárias que chegam a quase 40%, de acordo com o ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese.

No estado do Mato Grosso do Sul estão sendo mantidos apenas os serviços essenciais à população, como os casos que se revestem de urgência e questões que dizem respeito ao plantão judiciário, perecimento de direito e liberdade de locomoção.

A greve é pela rejeição do PLP 549/2009, que pretende congelar os salários de todos os servidores públicos por 10 anos, além de acarretar um verdadeiro sucateamento do serviço publico de um modo geral, pois tenciona extinguir investimentos nesse setor, por igual período de 10 anos. A aprovação desse projeto, portanto, significará a precarização do serviço público e quem mais será prejudicada será a população carente, que é quem mais necessita da prestação de um serviço público de qualidade, são os argumentos dos lideres do manifesto.

Fonte: Da redação / Rádio Caçula

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