O processo contra o padre Robson, que corria no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e questionava a participação do sacerdote por supostos desvios de dinheiro enquanto era presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), foi arquivado definitivamente nesta segunda-feira (18).
O advogado do padre, Cleber Lopes, informou que a decisão do STJ certificou a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de Goiás na qual confirma o arquivamento da investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás.
“Nesta terça-feira foi certificado o transito em julgado da decisão que já havia confirmado o arquivamento da investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás, voltada para a apuração de supostos ilícitos praticados na gestão (do padre Robson) da Associação Filhos do Pai Eterno”, afirmou.
Ainda segundo a defesa, com o transito em julgado desta decisão, não cabem outros recursos por parte do Ministério Publico.
Relembre o caso
Padre Robson havia sido acusado por ter, supostamente, desviado mais de R$ 100 milhões de doações de fiéis. O dinheiro era para ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade, mas o religioso teria comprado fazenda, casa de praia e um avião de pequeno porte.
Os supostos desvios foram descobertos durante a Operação Vendilhões, que apurou uma denúncia do religioso, que estava sendo vítima de extorsão após hackers terem descoberto relacionamento amoroso dele. Ao todo, Padre Robson teria desembolsado R$ 2,9 milhões para os chantagistas, dinheiro que, segundo o MPGO, saiu dos cofres da Afipe, com sede em Trindade (GO).