24.8 C
Três Lagoas
quarta-feira, 2 de abril, 2025

No Dia Mundial do Câncer, entenda os fatores de risco, principais causas

A data que marca este dia importante é 4 de fevereiro

O Dia Mundial do Câncer, neste 4 de fevereiro, é uma iniciativa idealizada pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), que nasceu no ano 2000, em Paris. O objetivo da data é incentivar a pesquisa sobre a doença, mas também conscientizar sobre a prevenção, melhorar os tratamentos e mobilizar a comunidade global a progredir em relação a esse tema, valorizando o acesso universal ao atendimento dos pacientes.

O que é

Câncer é o nome dado para um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum a multiplicação e o crescimento desordenado de células, que passam a comprometer o funcionamento de órgãos e tecidos. Uma mutação genética que provoque alteração nos padrões de multiplicação celular pode desencadear um câncer, como explica a oncologista clínica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Katsuki Tiscoski.

— Por exemplo, a exposição excessiva ao sol ao longo da vida. A radiação ultravioleta, que penetra na pele, tem efeito cumulativo. Os raios UV danificam o DNA das células, fazendo com que essas células sofram alteração. Essa alteração pode levar à multiplicação desordenada, sem controle, e formar o câncer de pele — descreve Katsuki.

O fator idade

A maioria dos casos de câncer surge na segunda metade da vida, especialmente a partir dos 50 anos. Os tipos mais comuns da doença no Brasil estão relacionados à exposição do organismo aos agentes externos que podem desencadear as disfunções celulares. Por isso, com o passar dos anos, a probabilidade de desenvolver a doença é maior.

Nos casos dos cânceres de mama e de próstata, que concentram o maior número de diagnósticos em mulheres e em homens, a explicação é que os principais causadores são os próprios hormônios que o corpo produz — que desempenham funções importantes no organismo, mas, ao longo da vida, podem acabar originando os tumores.

O fator genético

Alguns tipos de câncer podem ser explicados pela herança genética, mas, na maioria dos casos, essa não é a principal causa para o surgimento.  Em outras palavras: quanto maior a quantidade de casos dentro de uma mesma família, mais risco de os familiares terem câncer, mas há várias outras causas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre 10% e 20% dos casos têm relação preponderante com o fator genético. Katsuki comenta:

câncer de mama, por exemplo, tem uma causa genética, mas não é o fator principal. Em 5% a 10% dos casos, as pacientes podem ter um fator genético que desencadeou. A idade, fatores endócrinos, o sedentarismo e a obesidade deixam a pessoa com uma predisposição maior a ter o câncer de mama.

Fatores de risco

Em relação ao aparecimento de câncer, nada é mais nocivo do que o tabagismo. O hábito de fumar está associado diretamente a quase 20 tipos de tumores, além de diversas outras doenças que podem levar à morte.

Também destacam-se como fatores de risco o alcoolismo, o consumo desregrado de alimentos ultraprocessados, o sedentarismo, a obesidade e a exposição exagerada ao sol. 

Fatores de prevenção

Como grande parte dos casos de câncer tem relação com questões exógenas, ou seja, a partir de ações sobre o organismo, é uma doença possível de ser prevenida. A primeira atitude é evitar os fatores de risco, afastando-se de vícios e mantendo uma rotina de exercícios e alimentação balanceada.

A partir de determinada idade, também é recomendada a realização de exames de rotina para detectar alterações, especialmente para os tipos mais comuns ou quando houver a incidência do estilo de vida e do histórico familiar. Atualmente, outra orientação é a manutenção da vacinação em dia, especialmente para o vírus HPV (que deve ser aplicada na infância).

Avanços

São incontáveis os recursos que a medicina passou a contar nos últimos anos para combater o câncer. O tratamento é multidisciplinar, com avanços em todas as áreas — oncologia, cirurgia, radioterapia etc —, assim como há um grande progresso nas pesquisas clínicas. A oncologista Katsuki destaca as chamadas terapias alvo, que são medicamentos, já disponíveis para vários tipos de câncer, que atacam especificamente as células cancerígenas, diminuindo o efeito nas células normais, apresentando resultados com maior eficácia e menos efeitos colaterais. No entanto, esses novos medicamentos têm custo elevado, tornando difícil o acesso para a grande maioria dos pacientes.

— A democratização seria o ideal. Por isso que essa campanha é muito importante, e é isso que a organização que a promove propaga: que todos tenham acesso à informação e ao tratamento — salienta a médica.

Tipos mais comuns no Brasil

O Inca contabiliza os casos fazendo a distinção entre homens e mulheres. Segundo os dados mais recentes do Instituto, referentes a 2020, entre eles o tipo mais comum é o de próstata (65.840 casos), seguido por cólon e reto (20.540), traqueia, brônquio e pulmão (17.760), estômago (13.360) e da cavidade oral (11.200). No caso delas, o câncer de mama (66.280) é o mais prevalente, na sequência aparecem cólon e reto (20.470), colo do útero (16.710), traqueia, brônquio e pulmão (12.440) e glândula tireoide (11.950).

Informações GZH Vida

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Três-lagoense perde R$ 23 mil ao comprar veículo que não existe na internet

Vítima encontrou um anúncio no Facebook, que direcionava para um site supostamente especializado em leilões nas redes sociais.

Casa do Trabalhador de TL está com 258 vagas de empregos disponível nesta quarta-feira (2)

Você está em busca de uma nova oportunidade no mercado de trabalho? Então fique ligado nas vagas disponíveis na Casa do Trabalhador de Três...

Desafios e avanços na inclusão escolar de crianças autistas

Emanoele Freitas, neurocientista e biomédica de Nova Iguaçu, percebeu, aos 2 anos, que seu filho, Eros Micael, tinha dificuldades de comunicação. Inicialmente, o diagnóstico...