Esta semana, a Polícia Federal prendeu mais 15 bandidos que participaram de um mega-assalto a banco em Araçatuba, interior de São Paulo, no fim de agosto. A identificação de alguns deles só foi possível porque os policiais analisaram o material genético abandonado pelos criminosos. O Fantástico teve acesso exclusivo à investigação, que reuniu imagens da quadrilha dentro das agências durante o roubo.
Segundo as investigações, muitos bandidos vieram de cidades maiores, como São Paulo e Campinas. Ao todo, 32 pessoas já foram presas. Os crimes ocorreram em duas agências bancárias na principal praça de Araçatuba. Para conseguir identificar os bandidos, os policiais reuniram vestígios deixados por eles, como impressões digitais, marcas de sangue, saliva e até mesmo suor. Tudo foi levado para um laboratório em Brasília.
“Não existe crime prefeito. Sempre fica alguma coisa e a capacidade técnica das polícias hoje permite que a gente identifique e depois localize o criminoso”, afirma Rodrigo Bartolamei, superintendente da Polícia Federal.
Foi com a análise genética que a polícia descobriu, por exemplo, o envolvimento de Ademir Luiz Rondon no crime. O material encontrado em luvas deixadas em um dos carros usados na ação foi comparado com amostras do banco nacional de perfis genéticos. O resultado deu que era de Ademir.
O criminoso está preso desde outubro pelo ataque a um carro-forte na região de São Carlos, em abril de 2021. Agora, tem uma nova prisão decretada pelos roubos em Araçatuba. Até 1993, atuou como militar do Exército.
Em nota, o Exército disse que não consta no seu sistema eletrônico o motivo do licenciamento de Ademir Rondon — se ele foi expulso ou reformado —, e que para obter essa informação seria necessário mais tempo para uma pesquisa manual nos arquivos.