A possível adoção de um passaporte da vacina em Mato Grosso do Sul será debatida entre o governo e prefeitos dos 79 municípios do Estado.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a decisão será tomada em conjunto.
“Isso nós vamos discutir com os municípios, não tomaremos nenhuma decisão isolada”, disse, durante agenda nesta segunda-feira (13).
Azambuja ressaltou, no entanto, que o foco é fazer uma busca ativa entre as pessoas que ainda não se imunizaram contra a Covid-19.
“A busca por aqueles que não vacinaram tem uma lógica de ser, 80% dos óbitos que estão ocorrendo no Mato Grosso do Sul por Covid são de pessoas que não tomaram nenhuma dose, então é mostrar a essas pessoas que não tomaram que se vacinar preserva vida”, disse.
O governador disse ainda que o Estado está avançado na aplicação da 1ª, 2ª e 3ª dose e também na imunização dos adolescentes.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse, no último sábado, ser favorável a exigência do passaporte da vacina para pessoas frequentarem locais públicos e eventos em Mato Grosso do Sul.
Resende afirmou ainda que a obrigatoriedade poderia ser exigida também para o recebimento de auxílios financeiros de programas sociais.
“Vou levar sugestão para o governo, de que para receber os benefícios do programa social tenha que apresentar a carteira de imunização contra a Covid-19”, disse.
Questionado se já recebeu a sugestão, Azambuja disse apenas que o foco está na busca dos que ainda não se vacinaram e citou a consulta aos prefeitos.
Setor privado
Enquanto o governo do Estado e a prefeitura de Campo Grande não tomam uma decisão sobre o passaporte da vacina, estabelecimentos do setor de eventos já começaram a adotar a estratégia.
Empresários do ramo do entretenimento tem exigido o comprovante de vacinação contra a Covid-19 ou teste negativo realizado em até 72 horas antes do evento para permitir a entrada.
O objetivo é incentivar a imunização principalmente do público jovem.
Conforme levantamento do Correio do Estado, com base nos dados da Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau) e estimativas populacionais mais atuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faltaram à dose inicial 31,3% do total da população da faixa etária de 12 a 17 anos.
Na faixa entre 18 e 29 anos a abstenção é menor, cerca de 11,8%.
Informações do site Correio do Estado