Saúde – 22/05/2012 – 16:05
Por dia, de 60 a 80 pacientes deixam de ser operados nas unidades de saúde pública de Goiás desde que foi deflagrada a greve dos médicos anestesistas, no último dia 7 de maio. Desde então, entre 900 e 1.200 cirurgias já deixaram de ser realizadas. A estimativa é da central de regulação de vagas da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Um dos casos mais graves registrados nesse período foi o de uma paciente que perderia parte do pé em decorrência de um acidente de moto, mas precisou amputar também parte da perna por causa da demora no atendimento.
Ciro Ricardo Pires, diretor do Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia), o maior do Estado, disse que a greve afeta, principalmente, as cirurgias eletivas ou que podem esperar. “Não atingiu a parte de emergências em sua totalidade. Alguns anestesistas estão trabalhando nestes casos.”
A SES informou que quitaria a dívida com os médicos até a última quinta-feira (17), o que só foi realizado na tarde desta segunda-feira (21). O valor pago à Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest), referente ao contrato da rede pública, foi de R$ 1,1 milhão. “O crédito já está disponível na conta da cooperativa, e a expectativa da SES é de que os médicos anestesistas retomem o atendimento”, afirmou a secretaria.
Dívida é de R$ 7 milhões
A Coopanest, que representa a categoria, informou que, por enquanto, não há mudança na postura dos profissionais, e que uma nova reunião deve acontecer nesta terça-feira (22) para decidir os rumos da paralisação. Isto porque, segundo os anestesiologistas, a dívida do Estado com os médicos é de mais de R$ 7 milhões.
Já os serviços da rede conveniada, que inclui hospitais e clínicas particulares, serão pagos por regularização de despesa, que, segundo nota da secretaria, é um processo que obedece a prazos estabelecidos na legislação.
Fonte: Uol