Na manhã desta quarta-feira (07) o programa Linha Direta com a Notícia recebeu o Médico da Família e Comunidade do Setor de Vigilância Epidemiológica, Vinícius de Jesus Rodrigues Neves para comentar o avanço do combate à Covid-19 em Três Lagoas (MS) e a queda no número de novos casos.
Durante a entrevista o médico explicou que a vacinação está trazendo cada vez mais efeitos positivos e segurança em relação à curva do vírus em Três Lagoas. Como prova citou a queda dos atuais números de casos positivos diários, óbitos e ocupação de leitos na UPA 24 Horas e hospitais. “O trabalho de prevenção e vacinação tem ajudado muito. Se não fosse a vacinação estaríamos perdendo muito mais gente e os hospitais continuariam lotados”, disse.
Conforme levantamento de Neves, houve 135 óbitos entre maio e junho deste ano, sendo que 115 estavam entre os que não tinham tomado a vacina ou apenas a primeira dose, o que representa 86% . Deste número, 19 pessoas haviam recebido as duas doses, porém 60% desses tinham idade acima de 80 anos.
“As vacinas apresentam redução de efetividade nas pessoas com idade mais avançada, também com neoplasia ou comorbidade, o que compromete a imunidade. Nestes casos, o óbito é até compreensível”. Segundo o levantamento do médico, dos 19 pacientes que faleceram, mais de 30% tinham problemas neurológicos e 20% cardiovasculares.
O médico também lembrou que até maio havia poucas pessoas com a cobertura das duas doses. Mas a preocupação de imunizar os grupos prioritários acabou gerando a redução de mortes entre pessoas abaixo dos 60 anos. “Um exemplo está entre os profissionais de saúde, um dos grupos que foram vacinados logo no início. Diversos trabalhadores que receberam as vacinas mostraram que o efeito está sendo positivo”.
Contudo, Neves reforça que o perigo ainda não acabou. Para reduzir ainda mais estes números, a prevenção e a vacinação são ainda as melhores alternativas, em especial por haver perspectiva de aumento grande do número de casos nos próximos meses, em função da variante Delta, que logo deve se tornar a predominante no país e é mais infectante que as anteriores.
Para conferir a entrevista completa com o Médico da Família e Comunidade do Setor de Vigilância Epidemiológica, Vinícius de Jesus Rodrigues Neves basta acessar o Facebook da Rádio Caçula ou clicar AQUI.