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segunda-feira, 31 de março, 2025

Advogados são suspeitos de ajudar conselheiros a “limpar” dinheiro sujo

10/06/2021 08h39
Por: Deyvid Santos

CAMPO GRANDE (MS) – Entre os 20 alvos de buscas e apreensões da operação “Mineração de Ouro”, desenvolvida pela Polícia Federal para investigar três conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Osmar Jeronymo, Waldir Neves e Ronaldo Chadid, e pessoas ligadas a eles, dois são advogados. Eles estão sob suspeita de participar de irregularidades que, no resumo, favoreceram transações ilegais dos conselheiros, com o intuito de legalizar dinheiro de origem escusa.

Endereços dos profissionais Felix Jayme Nunes da Cunha, que já atuou no tribunal como assessor do conselheiro Osmar Jeronymo, e de William da Neves Barbosa Yoshimoto, sobrinho do conselheiro Waldir Neves, foram alvos de mandado de busca e apreensão na terça-feira (8). As diligências tiveram o acompanhamento da comissão de prerrogativas da OAB (Ordem dos Advogados), como é praxe.

Felix Jayme é citado várias vezes na representação da PF ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedindo a autorização para as ações da operação, em razão do foro privilegiado dos conselheiros.

Conforme a peça encaminhada à Justiça, ele fez transferência de R$ 170 mil para Osmar Jeronymo, para a qual não há explicação. Em outro trecho, é citada a existência de negociação suspeita de fazenda no valor de R$ 600 mil, entre a empresa Agropecuária Água Viva, da qual o advogado é sócio, e o conselheiro Waldir Neves, ex-deputado estadual e ex-presidente da corte de fiscalização de contas públicas.

“Já William Neves Barbosa Yoshimoto além de ter sido contratado com o maior salário pago pela empresa Dataeasy Consultoria e Informática, também pode estar envolvido em negociação para aquisição de imóvel rural por Waldir Neves Barbosa, no valor de dezessete milhões de reais”, traz o texto do despacho do ministro.

A empresa, contratada pelo Tribunal, foi um dos locais onde houve busca para dar embasamento às apurações. Willian, levantaram os investigadores, foi funcionário da área técnica de informática, com cargo de comando e salário de R$ 11 mil, mesmo sem conhecimento suficiente para isso.

A reportagem procurou os dois advogados. Willian não atendeu o telefone nem respondeu as mensagens no WhattsApp. Felix Jayme informou que ontem mesmo prestou depoimento à Polícia Federal, atribuiu as suspeitas levantadas como interpretação equivocada de operações totalmente legais e declaradas à Receita Federal.

Por fim, queixou-se da forma como a Polícia Federal agiu, levantando suposições de ilícitos sem chamar as pessoas para ouvir e esclarecer.

Informações do site Campo Grande News

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