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Mundo registra mais casos de Covid em 2 semanas que nos primeiros 6 meses da pandemia, diz OMS

Alta no número de infecções é carregada pelos surtos no Brasil e na Índia – que respondem, juntos, pela metade dos novos casos registrados –, disse o chefe da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

03/05/2021 15h40
Por: Gabrielle Borges

O mundo registrou mais casos de Covid-19 nas últimas duas semanas do que nos primeiros seis meses da pandemia, segundo o balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta segunda-feira (3).

Veja abaixo, em números absolutos, a comparação entre os dois períodos:

º 11.439.682 casos de coronavírus entre 19/04/2021 e 02/05/2021

º 11.136.596 casos de coronavírus entre janeiro e junho de 2020

O diretor-geral da agência de saúde das Nações Unidas, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em entrevista coletiva que Brasil e Índia foram responsáveis pelo aumento no número de casos de Covid-19 em todo o mundo.

“A Índia e o Brasil respondem por mais da metade dos casos de Covid-19 da semana passada, mas há muitos outros países em todo o mundo que enfrentam uma situação muito frágil”, disse Ghebreyesus.

Nesta segunda, a Índia registrou mais 3,4 mil mortes e 368 mil casos, elevando o total de vítimas para 218,9 mil e o de infectados, para 19,9 milhões.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.210 mortes por Covid e total de vítimas passa de 407 mil, segundo o balanço mais recente divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa.

O diretor-geral da OMS alertou que o que acontece nesses dois países pode ocorrer em outros lugares se as medidas de saúde pública – como distanciamento social e uso correto da máscara – não forem seguidas.

Entrega de vacinas

Também nesta segunda, Ghebreyesus anunciou o balanço de envios da aliança Covax Facility, consórcio liderado pela OMS para a oferta de vacinas a países pobres

Segundo o chefe da iniciativa, mais de 50 milhões de doses foram enviadas para ao menos 121 países, mas a organização ainda enfrenta “sérias dificuldades de fornecimento”.

“Resolver esse dilema exige uma liderança corajosa das maiores economias mundiais”, disse Ghebreyesus.

O chefe da OMS agradeceu ao apoio do governo sueco que anunciou, nesta segunda, a doação de 1 milhão de doses da vacina de Oxford para o consórcio internacional.

A doação do país europeu segue uma tendência de outras nações que já anunciaram, nas últimas semanas, apoio à OMS com a doação de vacinas já contratadas, como a França, Nova Zelândia e Noruega.

Segundo mandato

O site especializado em saúde Stat News noticiou nesta segunda que Ghebreyesus planeja concorrer a um segundo mandato de cinco anos como chefe da agência.

As informações foram dadas com base em fontes e não foi confirmada pela equipe de Ghebreyesus.

O etíope se tornou em 2017 o primeiro africano a comandar a agência das Nações Unidas sediada em Genebra, e fez da cobertura de saúde universal sua prioridade

Diplomatas disseram à agência Reuters que o apoio de nações africanas a Ghebreyesus seria crucial para uma reeleição – mas que uma indicação da Etiópia seria difícil.

Isso porque ele foi acusado por militares do país de apoiar e tentar obter armas e apoio diplomático ao partido político predominante do Estado de Tigré, que está enfrentando forças federais.

Foto de 24 de fevereiro de 2021 mostra fãs de críquete na porta do Estádio Narendra Modi antes da partida entre a Índia e a Inglaterra em Ahmedabad — Foto: Amit Dave/Reuters

Remessa de vacinas da Covax para a Nigéria — Foto: WHO

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em entrevista coletiva na sede da agência em foto de arquivo — Foto: Christopher Black/OMS/Reuters

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