Duas empresas nordestinas que produzem fertilizantes podem abrir filial no município
19/02/2020 14h20
Por: Deyvid Santos
TRÊS LAGOAS (MS) – O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia José Aparecido de Moraes confirmou na manhã desta quarta-feira (19) em entrevista ao apresentador Romeu de Campos Jr, no programa Linha Direta com a Notícia, que existem duas empresas acompanhando de perto o processo licitatório para a venda da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados). Segundo Moraes, representantes de duas empresas, que necessitam diretamente da ureia – que será produzida pela UFN-3 – para produção de fertilizantes, já estiveram em Três Lagoas para avaliar a estrutura do município.
“São duas empresas da região nordeste, uma localizada na Bahia e outra em Sergipe. Duas empresas idôneas, que já trabalham nessa área a mais de 20 anos aqui no Brasil. Mesmo não tendo concluído o processo de licitação e muito menos as obras da indústria, ambas empresas já trabalham com ureia, já possuindo o local para receber parte da matéria prima que necessitam para produzir e fazer a distribuição do fertilizantes”, relatou o secretário.
Moraes apontou que na manhã desta quarta-feira (19) um dos empresários que está no município demonstrou estar muito satisfeito com a estrutura oferecida pela cidade de Três Lagoas. “Apesar de muitas áreas no nordeste, os empresários apontam que as prefeituras destas localidades não procuram facilitar a instalação de empresas e as que fazem questão de tentar atrair investimentos não possuem a estrutura adequada para receber o empreendimento”.
Segundo o secretário, em março está agendada uma visita de uma equipe três-lagoense para conhecer as duas fábricas do nordeste. “A do Sergipe não é muito grande, justamente por não conseguir ter a quantidade de ureia que ela necessita para poder expandir seu negócio. A planta em Três Lagoas terá o dobro do que ela já possui e o empresário cita que depois que a UFN3 estiver fornecendo essa matéria poderá produzir e vender muito mais no centro-oeste que no nordeste”.
As áreas que o município disponibiliza na região onde funcionará a unidade são poucas, segundo o secretário e, para ele, este seria o motivo da pressa das duas empresas em procurar se estabelecer naqueles locais. “Eles sabem que a partir do momento em que se concluir o processo de venda da UFN-3, outras empresas irão se interessar e irão procurar o município”, disse Morares. Segundo ele, essas empresas já demonstraram interesse em se estabelecerem em região próxima a área de construção da UFN-3, inclusive através de carta-interesse e carta-consulta.
Juntas, as empresas iriam gerar cerca de 200 empregos diretos para a fabricação do fertilizante, além de inúmeros empregos indiretos.