O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, a população indígena no Brasil é predominantemente urbana. De acordo com os dados do Censo Demográfico de 2022, 53,97% dos indígenas viviam em áreas urbanas, somando 914,75 mil pessoas, enquanto 46,03% residiam em áreas rurais, totalizando 780,09 mil.
Esse panorama contrasta com os números do censo de 2010, quando 36,22% dos indígenas estavam em áreas urbanas (324,83 mil) e 63,78% em áreas rurais (572,08 mil). A evolução significativa nos números é atribuída a avanços no mapeamento de localidades indígenas, realizados pelo IBGE no último levantamento.
Graças a essas melhorias, a população indígena total registrada cresceu 88,96% entre 2010 e 2022, passando de 896.917 para 1.694.836 pessoas. O aumento foi ainda mais expressivo entre os indígenas urbanos, cuja população cresceu 181,6% no período.
Distribuição regional
O Sudeste lidera com o maior percentual de indígenas vivendo em áreas urbanas (77,25%), seguido pelo Nordeste (62,3%). Já as áreas rurais são predominantes no Centro-Oeste (62,05%) e no Sul (58,2%). Na região Norte, há um equilíbrio exato: metade da população indígena vive em áreas urbanas e a outra metade em zonas rurais.
Importância do Censo
O Censo Demográfico é a única pesquisa domiciliar que cobre todos os municípios do país, servindo de base para a formulação de políticas públicas e decisões sobre a alocação de recursos financeiros. Embora tradicionalmente realizado a cada dez anos, o Censo 2022 foi adiado duas vezes — inicialmente devido à pandemia de covid-19 e, posteriormente, por restrições orçamentárias.
Os dados mais recentes reforçam a importância de um levantamento detalhado, especialmente para compreender dinâmicas sociais e territoriais de populações historicamente invisibilizadas, como os povos indígenas.
Com informação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)